sábado, 29 de setembro de 2012

Carta à Comunidade Discente


Comando Geral da UNIPAMPA

Prezado discente,

Na última reunião do Comando Geral de Greve da UNIPAMPA, resolvemos produzir um último documento dirigido especificamente aos estudantes; isso com duas finalidades: a) agradecer o apoio e b) afirmar um processo de recuperação de aulas digno e qualificado.

Nossa greve (iniciada em 17 de maio e terminada em 24 de setembro) teve a duração de 130 dias e envolveu 58 instituições de ensino superior federal, sendo a maior e mais forte da história dos docentes brasileiros.

A pauta nacional protocolada envolvia duas reivindicações centrais: a) a reestruturação do plano de carreira da categoria e b) a melhoria das condições de trabalho. No primeiro item, queríamos (e queremos), sobretudo, uma carreira única, com critérios de progressão nítidos e faixas salariais adequadas. Em relação às condições de trabalho, buscávamos (e buscamos) criar um patamar de qualidade que não existe atualmente: bibliotecas e espaços de ensino, pesquisa e extensão adequados, equipamentos de ponta, prédios decentes, laboratórios necessários etc.

O estopim de nosso movimento paredista foi o não cumprimento do acordo realizado um ano antes, que tratava de uma reposição das perdas inflacionários de 4%, da incorporação da GEMAs ao vencimento básico e da criação de um grupo para discutir e formalizar uma proposta de plano de carreira para a categoria. Uma vez iniciado o movimento, enfrentamos não um processo tranquilo de negociação e interlocução com o governo, mas, ao contrário, a intensificação do despeito deste com os docentes. Sobre isso, observemos a sequência de fatos:

a) o governo lançou uma medida provisória, concedendo os já referidos 4% e incorporação da GEMAs (mas silenciando sobre o plano de carreira), três dias antes do início do movimento, numa nítida tentativa de desmobilizar a categoria;

b) chamou o movimento, sem proposta alguma, apenas para pedir uma trégua de 20 dias. Ou seja, os docentes voltariam à sala de aula e o governo apresentaria uma proposta ideal (se assim fosse o funcionamento, greves sequer existiriam);

c) buscou, constantemente, desconstruir a legitimidade de nosso movimento através da mídia, alimentando diariamente informações que mais desinformavam do que construíam o diálogo, e nutrindo a expectativa de que as aulas voltariam imediatamente, numa tentativa
de isolar a categoria do conjunto da sociedade. Além disso, semeava o terror via a possibilidade do corte de ponto, numa tentativa de fragmentar a própria categoria;

d) demorou 57 dias para, pela primeira vez, após um ano e meio, apresentar uma proposta para o movimento paredista. Uma proposta sem conceito algum, constituída somente de tabelas numéricas, reduzindo a discussão toda a uma questão meramente salarial. Além disso, enquanto as tabelas nos eram apresentadas, ministros diziam à Rede Globo que estavam concedendo 45% de aumento aos docentes. Uma ilusão desmentida mais tarde;

e) por fim, interrompeu unilateralmente a negociação com o Sindicato Nacional (ANDES-SN) e assinou uma proposta com o Pró-Ifes (entidade que representa, no máximo, 5% da categoria), o que caracterizou uma atitude antissindical histórica no país.

Esses fatos caracterizaram um governo federal intransigente e não preocupado com a educação no país. No orçamento do ano passado, foi destinado 3% para a educação e 4% para a saúde; em compensação, o governo será responsável por 98,5% do investimento destinado à Copa do Mundo de 2014. Atualmente, paga 2 bilhões de juros, por dia, para a dívida pública interna. Sem falar dos recursos para salvar bancos e etc. Ou seja, temos um paradoxo: para investimentos privados há recursos e para a educação pública e gratuita não.

É fato que, a considerar nossa pauta protocolada, não alcançamos o que queríamos: um plano de carreira e melhores condições de trabalho. Quanto a isso, a história, certamente, não absolverá o governo. A sociedade percebeu que se trata de um governo autoritário, inflexível e não comprometido com os direitos sociais, pois ignora um dos pilares básicos desse processo, a educação pública e gratuita. Entretanto, nosso movimento não foi em vão: a apresentação de uma proposta (ainda que insuficiente) ocorreu pela existência do movimento; o mesmo vale para os 4% de recuperação de perdas inflacionárias. Fortalecemos o movimento de base, a partir das assembleias e das mobilizações em todo o território nacional; fortalecemos nossa entidade maior, o ANDES-SN, e conseguimos o apoio da sociedade e dos alunos; esses últimos, em apoio, decretaram greve, constituíram um comando nacional e em todo o país construíram uma agenda de apoio ao movimento.

A participação da UNIPAMPA foi altamente positiva. Participamos de nossa primeira greve, conseguindo parar, na maior parte do tempo, todos os 10 campi. Discutimos intensamente com os alunos, explicando que não buscávamos, em momento algum, prejudica-los, mas apenas reivindicar direitos, e que, ao final, recuperaríamos, com qualidade, o conteúdo não administrado. Isso, em geral, foi entendido. Houve marchas dos alunos, caminhadas, idas a Brasília, acampamentos nos campi, protestos e apoios nas redes sociais.

Outro ponto fundamental foi o da construção da pauta local: incluímos na pauta dos docentes, prioritariamente, dois pontos importantes para a comunidade discente: a moradia estudantil e os RU’s, por entendermos que alunos foram mandados para lugares sem as condições necessárias para recebê-los. Quando protocolamos nossa pauta no CNG-ANDES-SN, lá estavam esses dois pontos, assim como na pauta protocolada na Reitoria no último dia 24. Além disso, quando da negociação das essencialidades, um ponto solicitado pelos alunos e imediatamente contemplado por nós, docentes, foi o do pagamento das bolsas, o que continuou ocorrendo durante toda a greve.

Assim, ao final de nosso movimento paredista, queremos agradecer, profundamente, por todo o apoio dado e reafirmar nosso compromisso com um processo de recuperação de aulas que não onere nem o aluno e nem o professor (compromisso já pactuado com a Reitoria), garantindo assim um ensino de qualidade.

Outras lutas virão, pois é lutando que se muda a realidade. Obrigado.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Governo dá golpe político em toda a classe de professores federais

Pós-reunião do dia 01/08/2012 entre sindicato dos docentes e o Ministério do Planejamento



Nota do Comando Geral de Greve da UNIPAMPA – Avaliação dos rumos do movimento paredista


Nota do Comando Geral de Greve da UNIPAMPA – Avaliação dos rumos do movimento paredista
  
No dia 2 de agosto, em reunião realizada em Bagé e considerando a necessidade de esclarecer aos colegas docentes da UNIPAMPA sobre a reunião no dia 1º de agosto, em que o governo anuncia acordo com o ProIfes, esclarecemos:

Não há nova proposta para os docentes. Ao contrário, há um golpe e ameaças vazias ao movimento paredista. O governo anunciou que fechou acordo com o ProIfes, no entanto, tal entidade é o governo. Não existe na vida diária da maioria absoluta dos docentes. Parte significativa dos docentes que eram filiados a esta entidade fantoche abandonaram-na, pois foram contrários a oferta do governo, que se trata de mera compensação inflacionária para alguns níveis, sendo que para a maioria a proposta é de perda salarial. Surpreende-nos a manobra midiática de um governo que foi eleito com a proposta de valorização da carreira docente, no entanto, não oferece nada em termos de construção de um plano de carreira, desconsidera as demandas de reajuste real e tampouco respeita as garantias de manutenção da qualidade no ensino superior.

A greve continua. Voltar agora significaria a aceitação de perdas salariais e a adoção de um plano de carreira que precariza a condição docente.

A justificativa de que 4 bilhões de Reais é o teto é falaciosa. O governo anuncia o impacto de 4 bilhões no orçamento, em 3 anos, mas não se importa em gastar valor infinitas vezes superior em renúncias fiscais e estádios para a copa do mundo, dinheiro morto, construindo “elefantes brancos”. Educação é um investimento para o Futuro e não deveria ser pechinchado, diretriz que a presidente Dilma Roussef parece ter aprendido com FHC.

Não existe data limite para a negociação. É boato que o ponto será cortado. É boato que necessariamente a data limite para a negociação é dia 31 de agosto. Nossas reivindicações também transcendem as questões financeiras.

Assim sendo, ressaltamos que A GREVE CONTINUA até que nossas reivindicações sejam atendidas.

[Comunicado especial] Avaliação política



COMUNICADO ESPECIAL
03/08/2012
Avaliação Política

O governo interrompe negociação e a greve continua

Diante da posição do governo federal na reunião realizada no dia 01/08, na qual o governo afirmou que o processo de negociação estava encerrado e que sua posição era “assinar o acordo com a única entidade que apresentou sua adesão”, o CNG/ANDES-SN avaliou o quadro político da greve e as indicações para próximos passos do movimento.

A postura do governo na reunião parece encerrar a farsa encenada por ele, a partir do dia 13 de julho, com a qual pretendeu aparentar para a sociedade disposição para negociação. Coerente com sua tática mais geral, o governo confirma posição autoritária frente aos conflitos grevistas, desprezando as deliberações dos docentes em greve em defesa da pauta do ANDES-SN e buscando impor um “acordo” que assegura seu projeto estratégico de Estado.

Para sustentar a cena, o governo contou com o apoio direto do Proifes. Esta entidade, desautorizada diretamente por assembleias de professores nas universidades e institutos federais em que se organiza, apresentou uma coleta de votos que constitui um profundo ataque ao direito de greve e à democracia sindical, e cujo resultado desmoralizante apenas confirma a falta de legitimidade desta entidade pela ausência de sua inserção e representatividade junto à categoria.

A manutenção pelo governo dos pressupostos para a carreira que ajustam o trabalho docente à lógica gerencial explicita claramente a disputa dos projetos de Estado, educação e IFE que se estabelece nesta luta da categoria em greve.

O contexto das lutas dos servidores públicos federais, que se intensificam, pressionam o governo. Este atua no sentido de criar contradições para o interior das categorias e entre elas e ainda jogar com o tempo da greve buscando blocar a solução de todos os conflitos para o fim do mês de agosto, de acordo com o seu interesse.

Os docentes das IFE foram profundamente desrespeitados pelo governo Dilma. A proposta de carreira de Professor Federal, construída coletivamente, de forma democrática e pela base, protocolada desde março de 2011 pelo ANDES-SN, foi desconsiderada. Os docentes em greve em todo Brasil rejeitaram pela segunda vez a proposta do governo nas 61 assembleias realizadas na última semana, em função do conhecimento das diferentes lógicas contidas em cada uma das propostas: a do governo retira direitos e desestrutura a organização do nosso trabalho e a do ANDES-SN que reestrutura a carreira, garante e amplia direitos.

Neste embate, é ainda necessário que o governo considere o caos instalado nas IFE por conta das precárias condições de trabalho intensificadas pela expansão irresponsável, que não foi objeto de nenhuma reunião no Ministério da Educação, embora reiteradamente cobrado pelo CNG/ANDES-SN.

O processo não acabou. O governo tenta desferir um golpe com a pretensão de quebrar a nossa resistência e impor a sua proposta a partir da adesão do Proifes. O momento é de reagir para assegurar a reabertura da negociação da pauta do ANDES-SN com o conjunto da categoria em greve, reafirmando, mais uma vez, a nossa disposição para negociar.

Inicia-se, portanto, uma nova etapa do nosso movimento na qual a definição das táticas e a disputa pelo controle do tempo da luta são decisivas. Isto exige de nós respostas mais rápidas e contundentes às ações do governo, fortalecendo a greve no interior das IFE e estreitando a nossa unidade com os demais setores em greve, para nestas ações fazer a denúncia do golpe e conquistar nossas reivindicações.  


ENCAMINHAMENTOS

I- INTENSIFICAÇÃO DA GREVE:
1. Indicar a continuidade da greve pela retomada das negociações e atendimentos das reivindicações da categoria.
2. Ampliar a participação da categoria esclarecendo os prejuízos reais resultantes da proposta do governo.
3. Construir estratégias para aprofundar e radicalizar a greve juntamente com os técnicos-administrativo e estudantes.

II- AGENDA:
1. Uma rodada de AG até 7/8, com retorno das deliberações ao CNG/ANDES-SN até dia 8/8.
2. Dia 9 de agosto atos nos Estados em conjunto com os SPF.
3. Marcar 8 de agosto como dia nacional para pressionar as reitorias, afim de que intercedam junto ao governo federal para reabertura de negociações com os docentes.

III- ENCAMINHAMENTOS NACIONAIS – CNG:
1. Solicitar audiências com os ministros da Educação e do Planejamento para reabertura de negociações sobre a pauta de greve dos docentes;
2. Tirar um dia para ir falar com parlamentares para pressionar que no caso de ser enviado projeto de lei que seja rejeitado.
3. Considerando o momento que vivemos e num esforço para fortalecer este fórum o CNG delibera que, respeitados os critérios definidos para os apoios financeiros, seja viabilizada a participação dos delegados das seções sindicais com dificuldades de arrecadação e CLG das seções sindicais dirigidas pelo PROIFES.
4. Elaborar carta denúncia sobre o processo ocorrido na mesa da SRT/MPOG.
5. Agendar reuniões com as diretorias da ANDIFES, CONIF e CONDECAP para esclarecer a posição do movimento docente;

IV- ENCAMINHAMENTOS LOCAIS E ESTADUAIS - CLG:
1. Elaborar carta de esclarecimentos aos estudantes sobre as razões da continuidade da greve.
2. Agendar audiência com a Reitoria, a fim de esclarecer os processos que levaram a ruptura unilateral do governo com o andamento das negociações e solicitar apoio a continuidade da greve.
3. Indicar às seções sindicais que solicitem coletivas de imprensa nos próximos dias.

sábado, 28 de julho de 2012

Entenda por que não aceitamos a nova proposta do Governo

Os professores da Universidade Federal do Pampa estão em greve, desde o dia 17 de maio, em consonância com a maioria das Universidades Federais brasileiras pela valorização de uma educação pública e de qualidade. No dia 24 de julho, em nova reunião, o Governo Federal recebeu as entidades representativas pela terceira vez, desde o início da greve, após 57 dias, para a apresentação de uma proposta que envolveria aspectos conceituais sobre a carreira docente.


Professores da Unipampa São Borja reunidos em assembleia
Professores da Unipampa - São Borja - reunidos em assembleia

Nesta última proposta apresentada, houve alterações pontuais, mas o governo manteve a essência da primeira. Nesse sentido, após ampla discussão em Assembleia local os professores da Unipampa, campus São Borja, consideraram que:

a) Ao reduzir a pauta dos docentes a questões salariais, o governo desconsidera os problemas estruturais relativos à condição de trabalho e infraestrutura (Restaurante Universitário, Moradia Estudantil, laboratórios, dentre outros) que atingem, especialmente, alunos, técnicos-administrativos e professores de instituições de ensino mais novas, tais como a Unipampa. Nesse sentido, propomos o estabelecimento de um cronograma para ampliação de recursos para manutenção, obras e infraestrutura. O Governo não admite que as Universidades novas não possuem salas de aula suficientes, laboratórios completos, professores e TAEs em número suficiente, RUs e Casas do estudante. O Governo não admite que as Universidades antigas estão sucateadas, que os hospitais universitários literalmente vazam pelos corredores;

b) Em nenhum momento o Governo propõe melhorias nas condições de trabalho nem em infraestrutura, ponto de pauta de reivindicações do Sindicato Nacional dos docentes – Andes-SN. Resumindo: aceitar o que está sendo proposto é ignorar as demandas que também são dos alunos e dos Técnicos Administrativos em Educação;

c) Com relação à proposta feita pelo Governo é preciso que todos saibam que: trata quase que somente de um reajuste salarial concedido principalmente para professores no topo da carreira (no caso da Unipampa, não temos nenhum nestas condições em nenhum dos 10 campi). Os demais professores terão um “reajuste” ilusório que sequer repõe aquilo que a inflação já tomou nos últimos 10 anos. Essa proposta desvaloriza quem estuda e quem investe em educação. Se aceitarmos esse tipo de proposta estamos passando o recado de que estudar é perder tempo;

Por estes motivos, os professores da Unipampa não aceitaram a nova proposta do governo. A educação precisa ser, de fato, prioridade em nosso país e não deve ser reduzida a tabelas, números ou discursos na mídia. Além disso, a luta pelos direitos dos docentes nunca esteve dissociada da luta por uma universidade pública de qualidade. Por fim, o governo precisa lembrar que educação não é gasto, mas investimento e levar em consideração o respeito e a valorização do professor, do aluno e das condições de estudo e trabalho nas instituições federais de ensino do nosso país. 

Não se iluda! A estratégia do Governo é fazer um jogo de números e de atirar a sociedade contra os professores, no entanto eles ainda não perceberam que o Brasil mudou e que as pessoas querem educação de qualidade.


COMANDO LOCAL DE GREVE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA – CAMPUS SÃO BORJA

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Comunicado sobre a Nota 552047 do Ministério do Planejamento


Prezados (as) Colegas,
Na última sexta-feira, 06 de julho, em mensagem assinada pelo Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, o Governo Federal orientou os dirigentes de órgãos públicos para “adoção das providências na Folha de Pagamento para efetuar o corte de ponto referente aos dias parados na rubrica específica do SIAPE de FALTA POR GREVE”.
Em relação à questão e, após discussão realizada em Assembleia Geral Docente, no Campus da Unipampa/São Borja, ocorrida hoje, salientamos que:
a)      Nas primeiras reuniões entre o Comando Geral de Greve da Unipampa e a Reitoria, quando foi pautado o boletim de frequência dos docentes, ficou acordada a posição de não encaminhamento de nossa efetividade até o final da greve;
b)      Tanto a Reitoria quanto o Conselho Universitário Superior (Consuni) emitiram nota oficial de apoio ao movimento de greve dos docentes;
c)       Em consulta à Reitoria, feita no final de semana, fomos informados de que não havia sido recebida, ainda, nota alguma tratando da questão do ponto;
d)      A Reitoria ressalta, igualmente, que o tema será discutido na Andifes (Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) nesta semana e nenhuma decisão será tomada sem debate com o Comando Geral de Greve.
Reafirmamos, por fim, que a greve é um instrumento legítimo de luta, assegurada constitucionalmente (lei 7783/89). Deste modo, repudiamos quaisquer tipos de atitudes autoritárias e intimidadoras que visam a desmobilizar o nosso movimento sem, ao menos, buscar um diálogo que resolva o impasse pela busca de uma educação pública, de qualidade e que valorize a atividade docente.

São Borja, 10 de julho de 2012.

Comando Local de Greve

AGENDA – 11/07 –27/07

COMANDO DE GREVE DA UNIPAMPA SÃO BORJA
AGENDA – 11/07 –27/07
Esta greve é de todos nós!

Dia
Atividade
Responsável
Horário
Local
Quarta
11/07
Assembleia permanente – Plantão de informações sobre a greve.
Todos os docentes
9h às 17h

UNIPAMPA
Quinta
12/07
Assembleia permanente – Plantão de informações sobre a greve;
Cine Unipampa: filme Peões – na sala 2303 (2º. andar)
Todos os docentes
9h às 12h


14h às 17h
UNIPAMPA


UNIPAMPA
Sexta
13/07
Assembleia permanente – Plantão de informações sobre a greve.
Protesto Unificado (docentes, discentes e TAEs) – Luto pela Educação. Traje: preto!
Todos os docentes
9h às 12h


16h
UNIPAMPA


PRAÇA XV
Segunda
 16/07
Assembleia permanente – Plantão de informações sobre a greve.
Todos os docentes

9h às 17h

UNIPAMPA
Terça
17/07
Assembleia permanente – Plantão de informações sobre a greve.
Assembleia Geral com informes e agenda.
Todos os docente
9h às 12h


14h às 17h
UNIPAMPA


UNIPAMPA
Quarta
18/07
Assembleia permanente – Plantão de informações sobre a greve.
Manifestação em Brasília*
Todos os docentes

Representação docente
9h às 17h

UNIPAMPA


BRASÍLIA
Quinta
19/07
Assembleia permanente – Plantão de informações sobre a greve.
Troca de experiências**
Todos os docentes
9h às 12h


14 às 17h
UNIPAMPA


UNIPAMPA
de 20 a 26/07
Agenda do período será definida em Assembleia no dia 17/07.
-
-
-
Sexta
27/07
Brechó
Todos os docentes
Horário será definido
Associação de Moradores do Bairro do Passo.

* Cada Universidade deve organizar suas caravanas, haverá auxilio do ANDES regional (deslocamento aéreo, hospedagem e alimentação). É importante que tenhamos um representante de cada campus. Os colegas que tiverem interesse devem encaminhar e-mail para o Comando Local de Greve.

** Momento de troca de informações, experiências, bibliografias, metodologias de ensino e linhas de pesquisa com o intuito de aproximar os colegas que trabalham com temas compatíveis.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Ato público unificado


Brechó UNIPAMPA - O inverno não faz greve!


Nesta semana, em assembleia permanente na UNIPAMPA, criamos uma nova atividade dos docentes em greve: o "Brechó UNIPAMPA". Trata-se de uma proposta surgida no dia da mateada na praça. O objetivo da atividade é organizar uma oportunidade de compra de vestuário e acessórios aos moradores em situação de vulnerabilidade social do Bairro do Passo.

Como funciona?

1) Os docentes da UNIPAMPA fazem doações de roupas, acessórios, cobertores e outros artigos de vestuário - em bons estados - para compormos o brechó; 

2) O brechó é organizado em conjunto com a Associação de Moradores do Bairro do Passo e os artigos são vendidos a preços irrisórios (em torno de um a cinco reais). 

3) As peças são vendidas e o valor arrecadado é destinado ao fundo do Comando Local de Greve.

Por que a venda e não a doação? Em primeiro lugar, a venda será revertida para o fundo de greve, especialmente no que diz respeito a deslocamentos e manutenção da mobilização. Além disso, a ideia de constituir um brechó, em que as peças sejam comercializadas (a preços mínimos) e não simplesmente doadas, deve-se ao entendimento de que as pessoas beneficiadas poderão escolher os artigos de acordo com as suas necessidades e preferências. Entendemos, ainda,  que o valor da compra, simbolicamente, representa uma valorização da autoestima e da identidade em que os consumidores também se
reconheçam como cidadãos.

Nesse sentido, solicitamos que as doações sejam efetuadas até sexta-feira, na sala das assembleias.

Em anexo, o material gráfico de divulgação do brechó.

Contamos com o apoio de todos!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ata e termo de compromisso entre a reitoria, o comitê geral de greve e os docentes

Leia a ATA da 3ª reunião > http://bit.ly/OTCAG3

Leia o termo de compromisso > http://bit.ly/OTCHkX

RESPOSTA À NOTA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

           
Em primeiro lugar, no que concerne à proposta de reestruturação da carreira docente com base na carreira dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, não há consenso entre o Governo e a categoria docente. Não houve garantias sobre uma equiparação salarial, e mesmo se esta refere-se ao piso ou ao teto. Além disso, é importante ressaltar que as duas carreiras apresentam estruturas e concepções diferenciadas, a exemplo da questão da Dedicação Exclusiva, aspecto fundamental para a categoria docente, mas pouco valorizada no âmbito da Ciência e Tecnologia.

Em segundo lugar, a afirmação de que a categoria “já recebeu um aumento de 4% retroativo ao mês de março e a incorporação das gratificações” é precipitada, uma vez que este percentual equivale a uma reposição salarial – diferente de um “aumento”, e mesmo que esta atitude do Governo, fruto da pressão do movimento grevista, ainda tem o caráter de uma Medida Provisória, ou seja, é passível de revogação.

Em terceiro lugar, a nota do MEC esquece de explicitar que a “trégua” proposta pelo Governo foi veementemente rechaçada pelas entidades docentes (tanto pelo ANDES-SN quanto pelo ProIfes, conforme notícias dos seus respectivos sítios eletrônicos), justamente por caracterizar um desrespeito ao movimento paredista, omitindo todo um histórico recente de protelação das negociações com a categoria por parte do Governo, que descumpriu os prazos por ele próprio firmados desde o ano passado com as entidades docentes.

Acima de tudo, gostaríamos de destacar que estes desencontros produzidos pelo teor da nota infelizmente contribuem para uma desinformação da população brasileira em geral sobre as razões de imensa parcela da categoria docente estar em greve, pois expressa um tentativa de deslegitimar o movimento ao destacar a ideia de um “prejuízo aos estudantes”. Muito pelo contrário, a greve tem sido construída com grande responsabilidade pela categoria. No âmbito da Unipampa, em particular, o Comando Geral de Greve tem cumprido um importante papel na interlocução entre a base do movimento e a reitoria, conduzindo suas ações sempre fundando-se no respeito às decisões das assembleias dos campi e na manutenção de um diálogo aberto com nossos gestores.

Esperamos que este texto possa auxiliar nos esclarecimentos sobre nosso movimento de greve, e na transparência de nossas ações. Compreendemos este momento como fundamental para discutirmos de maneira franca as questões relativas à Educação no Brasil, com a certeza de que estamos na defesa inabalável da garantia de qualidade no processo de expansão do Ensino Superior, entendendo que essa qualidade passa necessariamente pela valorização do trabalho docente.

Comando Geral de Greve da Universidade Federal do Pampa – 15 de junho de 2012.

disagreements

Informe do Comando Geral de Greve da UNIPAMPA/RS – Nº 002- 15/06/2012


No dia 14 de Junho o Comando de Greve realizou sua terceira  jornada de reuniões:

A) Reunião do Comando Geral para preparação da reunião com a reitoria
B) Reunião com Reitoria
C) Reunião do Comando Geral para avaliação e organização interna

Confira as principais deliberações:

A) Reunião do Comando Geral para preparação da reunião com a reitoria


     Presentes: Santana do Livramento, Uruguaiana, Bagé, São Borja, São Gabriel, Jaguarão, SESU - Unipampa

Ausentes: Itaqui(justificado), Caçapava, Alegrete , Dom  Pedrito(justificado)

PAUTA

1)      Informes da situação nacional

·         Repassada informações do ANDEs sobre a reunião(vide página ANDES)
·         Apresentada atividades de mobilização realizadas nos campi9Jaguarão, Uruguaiana, São Borja
·         Relato sobre próxima reunião dia 19 com MPOG em Brasília

2)      Preparação Reunião com a reitoria

Após balanço  das assembleias realizadas nos campi encaminhou-se:
·         Voltar a discutir nas assembleias nos campi a questão do procedimento padrão sobre controle de frequência: encaminhar a folha ponto cheia ou não encaminhar e discutir após o termino da greve. Na próxima reunião do comando se rediscutirá o assunto. Este assunto será por ora retirado da pauta com a reitoria
·         Apresentar a quarta essencialidade aprovada nas assembleias de base: a abertura de editais de pesquisa e extensão, mediante aprovação ad referendum nas referidas comissões locais com a ressalva de que no futuro deveremos realizar uma reflexão estratégica sobre o assunto, visto que hoje, na avaliação consensual do comando, o modelo de editais é competitivo e meritocrático prejudicando a autonomia univesritaria e não qualificando a pesquisa e extensão
·         Solicitar a reitoria um espaço para divulgação de nota do comando sobre a reunião em Brasília, da mesma forma como foi divulgada a nota do MEC que, na avaliação do comando trouxe informações insuficientes e incompletas sobre a conversa em Brasília.

3)      Porta voz/delegado

Neste ponto por justificando outros compromissos o SESU – Unipampa  precisou retirar-se. Por consenso dos presentes foi eleito a seguinte composição para Delegação sindical com a função de ser o interlocutor e porta voz do movimento junto a ANDES, a Reitoria e a imprensa:
Delegado:  Cesar Beras – Campus São Borja
Suplência: Daniel Nedel  - Campus Bagé

____________________________________________________________________

B)      Reunião com Reitoria


      Presentes: Santana do Livramento, Uruguaiana, Bagé, São Borja, São Gabriel, Jaguarão, Dom Pedrito, SESU – Unipampa. Reitora, Pró – Reitores de Extensão, de pesquia e de Planejamento e ACS



      Ausentes: Itaqui(justificado), Caçapava, Alegrete.


PAUTA

1)      Definição das essencialidades
·         Consolidada as quatro essencialidades: : Realização de concursos, manutenção dos programas de bolsa, manutenção dos processo de reconhecimento de curso e realização dos editais internos e externos de pesquisa e extensão ad referendum(documento e ata em anexo)

2)      Solicitação de espaço para publicação de nota do comando: Aceito e concedido pela Reitoria

3)      Próxima reunião: Dia 27 ou 29 em Santana do Livramento, com a presença dos diretores de campus(Será confirmado pela reitoria)

____________________________________________________________________

C)      Reunião do Comando Geral para avaliação e organização interna

Presentes: Santana do Livramento, Uruguaiana, Bagé, São Borja, São Gabriel, Jaguarão, Dom Pedrito, SESU - Unipampa
Ausentes: Itaqui(justificado), Caçapava, Alegrete.

PAUTA

1)      Avaliação  
·         Reunião positiva, produtiva, onde através do dialogo se consolidou as discussões realizadas com a base da categoria
·         Iniciamos agora uma nova fase da construção de nossa greve:intensificação da organização interna e da mobilização externa

2)      Nota
·         Aprovou –se consensualmente a base da nota cujo objetivo principal é realçar os elementos não nítidos da nota do MEC: questão  do vinculo com C&T, questão dos motivos de não aceitar a “trégua”, questão de não  querer prejudicar alunos e sociedade.. .O colega Guinther ficou de redigir versão final e encaminhar para o Delegado Sindical repassar para a reitoria.

3)      Agenda:
·         Visitas do comando  – Alegrete, Caçapava, itaqui .
Responsáveis: Cesar ,Edson ,Sergio,Jeferson e Alvaro
·         Ato Publico unitário e simultâneo  nos 10 campi da UNIPAMPA  – dia 26 – 10h00min
Sugestão: UNIPAMPA na luta pela valorização da Educação(a discussão será retroalimentada pelas assembleias nos campi). A ideia é chamar outras categorias se possível.
·         Nova rodada de assembleias até a próxima reunião com a reitoria
Pauta básica:  definição de sugestão de pautas locais, discussão sobre o procedimento de controle de frequência,  discussão sobre o ato unitário e simultâneo, discussão sobre alternativas de financiamento da greve.
Sugestão de critérios para reflexão sobre as pautas locais: a) Vincular o máximo a questões gerais e nacionais. Ex: RU, b) a pauta deve ser um elemento de busca da unidade com outros setores da universidade(TAEs e Alunos) e da sociedade. Ex. adicional de fronteira e c)A pauta não deve comprometer-nos enquanto movimento sindical em futuras reivindicações
Metodologia sugerida: Cada assembleia refletirá sua pauta e na próxima reunião do comando será consensuada uma pauta comum da UNIPAMPA para ser protocolada no ANDES e na reitoria
·         Próxima reunião do comando geral da UNIPAMPA – Antes da reunião com a reitoria que será provavelmente ou dia 27 a tarde ou 29 pela manhã em Santana do Livramento

4)      Finanças
·         O SESU – Unipampa apresentará na próxima reunião do comando uma proposta de distribuição da verba conseguida junto a ANDES
·         Se conversará com regional do ANDES
·         Se buscará alternativas de sustentação da greve em cada campi


by
preposição: by, up
advérbio: through, over, athwart