quarta-feira, 25 de abril de 2012

Manifesto público dos professores, técnicos administrativos e alunos

Todos os setores da Unipampa de São Borja entraram em acordo com o manifesto
Nós, docentes, técnicos administrativos e alunos da Universidade Federal do Pampa - Campus São Borja, paralisamos neste dia 25 de abril de 2012, em um ato de repúdio ao descaso do Governo Federal com questões da Educação Pública Federal no Brasil.

Diante de tantas necessidades, e em defesa do caráter público de nossa Universidade, apontamos para questões urgentes a serem resolvidas em instâncias locais e federais, essenciais para o diálogo com a comunidade acadêmica, com a sociedade e com o Governo Federal.

Ao que nos une e como prioridade para a mudança nas estruturas educacionais do Brasil, não abrimos mão de uma educação pública gratuita, democrática e de qualidade, em que possa ser valorizado todos os atores envolvidos. Nesse sentido, aliamo-nos à Campanha dos 10% do PIB para a Educação, e exigimos abertura de negociação com o Governo Federal  e adicional de fronteira para o Funcionalismo Público.
Professores, TAs e alunos reunidos na Unipampa
Professores, TAs e alunos reunidos na Unipampa

Docentes exigem:

- Atualização imediata do plano de carreira;
- Reposição salarial de 4% prometida no ano 2011 (isso não é o suficiente - nos últimos 15 anos, são 40% de perdas salariais);
- Fixação de uma data-base para a atualização dos salários conforme a inflação do período correspondente.

Técnicos administrativos exigem:

- Reajuste emergencial;
- Elevação do piso salarial;
- Aumento do Auxilio Alimentação.

Alunos exigem:

- Ampliação dos recursos para a permanência estudantil;
- Construção de casa do Estudante com co-gestão e manutenção das bolsas permanência;
- Garantia de maior número de assistentes sociais nos NUDEs (Núcleos de Desenvolvimento Educacionais), para a melhoria das avaliações dos candidatos do Programa de Bolsa Permanência (PBP);
- Contratação de psicólogos para o atendimento aos estudantes;
- Seleção dos recursos do PBP de forma integrada, sem divisão por Campus;
- Que o Governo Federal apresente novas estratégias visando acompanhar o desenvolvimento de cada Campus no que diz respeito à Implantação dos Restaurantes Universitários;
- Cobertura da Guarita até os prédios do Campus;
- Pavimentação do pátio;
- Contratação de intérprete de Libras;
- Melhoria na Internet.

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Diante de todas essas questões, devemos sair deste ato com o indicativo de paralisação no dia 17 de maio de 2012!

Técnicos administrativos e discentes se juntam ao movimento

Professores e TAs reuinidos na frente da Unipampa
Professores, TAs e alunos reunidos na frente da entrada principal da Unipampa
ouvindo atentamente os discursos de seus representantes
Professor Beras discursando na frente do saguão de entrada da UnipampaDocentes, técnicos administrativos e discentes do Campus São Borja da UNIPAMPA aderiram, no dia de hoje, à paralisação nacional dos servidores públicos federais. As três categorias realizam, nesta manhã, uma assembleia, tendo como pauta as reivindicações que são de consenso:

1) Melhoria nas condições de permanência do aluno, especialmente no que tange moradia, alimentação e transporte;

2) Abertura de concursos públicos para que a Universidade cresça proporcionalmente em número de alunos e de servidores;

3) Qualidade do serviço público e garantia do porcentual de avanço no plano de carreira de docentes e técnicos administrativos;

4) Retomada imediata das negociações do Governo Federal com representações dos docentes e dos técnicos administrativos em respeito à educação pública, gratuita, democrática e de qualidade;

5) Reposição de 4% nos vencimentos dos docentes (nos últimos 15 anos, a categoria teve 40% de perda salarial);

6) Retorno da incorporação da Gemas e da Retribuição por Titulação ao Vencimento Básico;

7) Campanha dos 10% do PIB para a Educação.

Carta do Ministro da Educação à Câmara dos Deputados

Carta do Ministro da Edução à Câmara dos Deputados em apoio às reinvindicações dos professores universitários

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Professores aderem à paralisação nacional

Professores reunidos, pós assembleia, apoiando a paralisação, em frente a porta principal do campus de São Borja
Professores reunidos, pós assembleia, apoiando a paralisação

A maioria dos docentes de São Borja adere ao movimento em prol da melhoria das condições de ensino, proposto pela ANDES (Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), e suspende as aulas hoje. A mobilização ocorre desde a manhã e se estende até a noite, com a concentração dos professores no saguão do prédio do campus. O grupo constituiu assembleia, cuja totalidade apoia a paralisação.

Os professores organizam o ato para reivindicarem questões salariais e de condições de ensino, observadas pela categoria nas instituições federais. Há a previsão da adoção de outros dias, no mês de abril, para a continuidade das discussões, novamente com a suspensão das atividades. As datas serão posteriormente comunicadas à comunidade acadêmica.

Professores da Unipampa paralisam em São Borja

Queremos 10% do PIB para educação já! (Lousa escolar com a frase escrita)
Queremos 10% do PIB para educação já!
A falta de comprometimento do Governo Federal com os acordos firmados entre a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) e o Ministério da Educação e Cultura motivou os docentes do Campus São Borja a paralisarem suas atividades nesta quinta-feira, dia 19, em apoio ao movimento nacional pela valorização da educação superior no Brasil.

Conforme o documento enviado pelo movimento dos docentes da Unipampa à imprensa, no ano de 2011 foi garantida pelo Governo Federal a reposição de 4% para reajuste das perdas inflacionárias. Nos últimos 15 anos, os docentes do ensino superior tiveram perdas de mais de 40%. O Governo Federal “sequer cumpriu o acordo firmado e não levou em consideração as reivindicações  da categoria” ao considerar que 4% seria suficiente para repor as perdas do período. Não apenas o reajuste deixou de ser aplicado, mas também a discussão sobre o plano de carreira foi interrompida pelo Governo. 

Neste sentido, os professores da Unipampa, em consonância com o que ocorre nas demais Instituições de Ensino Superior brasileiras, realizaram Assembleia aprovando uma agenda de trabalho própria.  Esta indica o apoio à marcha nacional, programada para o próximo dia 25, reunindo todos os servidores públicos federais e o indicativo de greve para maio.

A busca pela valorização da Educação justifica-se pelo comprometimento dos docentes com uma formação qualificada dos alunos da Universidade pública. Isso passa ainda pela aplicação de 10% do PIB em educação.

Pela valorização da educação!

Professores reunidos em assembleia no saguão de entrada do campus
Professores reunidos em assembleia no saguão de entrada do campus
Quem chegar hoje ao Campus São Borja da UNIPAMPA se deparará com os professores mobilizados no saguão de entrada. Isso porque os docentes optaram por aderir à sugestão da Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) de paralisar as atividades neste dia 19.
Professores produzindo conteúdo
Os docentes optaram por se manter unidos no próprio Campus, pois têm a preocupação de explicar o porquê de tal paralisação para alunos, técnicos administrativos e comunidade em geral.

Professores reunidos trabalhando no saguão de entrada do campusApesar da prática de paralisação ser antiga, cada uma tem a sua peculiaridade. Nesse sentido, os docentes acreditam que, em função da clareza de suas reivindicações, todos os indivíduos preocupados com a valorização da educação são adeptos, em potencial, do movimento.

MOÇÃO DE APOIO À PARALISAÇÃO

Em defesa do caráter público da Universidade e pela valorização da atividade docente, em sua função social, os professores da Universidade Federal do Pampa, Campus São Borja, definiram em reunião a adesão à paralisação nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), marcada para a próxima quinta-feira, 19 de abril.

Nesse sentido e em consonância à mobilização pela pauta de reivindicações dos professores federais, o movimento docente da Unipampa - São Borja elencou alguns pontos que considera essenciais para o diálogo com a comunidade acadêmica e com a sociedade:

Professores da Unipampa reunidos no campus em prol da valorização da educação
Professores da Unipampa reunidos no campus em prol da valorização da educação

- Campanha pela aplicação de 10% do PIB para a Educação

Hoje, o Brasil aplica em torno de 5% do PIB em Educação. Conforme o Plano Nacional, cuja proposta está em debate no Congresso, a meta é atingir 7% do PIB apenas em 2020.

- Continuidade das negociações do Governo com a categoria
A implantação do acordo emergencial, aprovado em 2011, em que estavam previstos o reajuste de 4% e incorporação de gratificações, além da proposta de reestruturação da carreira, foram interrompidas pela Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento. O ministério projeta o mês de julho como referência para a negociação com as categorias e para a pauta unificada dos servidores federais.

- Reposição Salarial
Nos últimos 15 anos, os docentes tiveram perdas de mais de 40%. O vencimento básico do professor auxiliar graduado, no magistério superior, está em torno de RS 557,51, sem a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas). O valor do piso, portanto, encontra-se abaixo do salário mínimo brasileiro, em vigência desde janeiro de 2012, que é de R$622,00.

Reiteramos, por fim, nossa posição de que a educação pública e de qualidade passa por uma valorização da Universidade como espaço de vanguarda do desenvolvimento e no investimento na atividade docente como garantias precípuas para uma sociedade mais reflexiva, justa e igualitária.

Docentes da Universidade Federal do Pampa/Unipampa – Campus São Borja

São Borja, 16 de abril de 2012